sábado, 10 de abril de 2010

LIMITE DE TUDO

Idade que invade o inferno,
Sem pavor ou dor.
Idade do cio, que anda
No fio da navalha.
No meio-fio da rua, da vala,
No meio da erva,
Na merda.
Que idade danada,
Que não tem medo de nada!
Que sofre e sorri,
Que chora e canta.
Que não dorme e não cansa.
Que cio é esse,
Feroz e macio,
Mortal e gostoso,
Selvagem e voraz?
Que sexo...
Doce, salgado, temperado.
No meio-fio da vida.
No limite de tudo.
Esta touca transparente e louca,
É um traje a rigor.
Entre a cruz e espada,
Chupar bala embrulhada ou
Bala no tambor,
Numa roleta russa
Que idade danada!
É tudo ou nada.

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