sábado, 10 de abril de 2010

VAGÃO VAZIO

Dias passando pela minha vida,
Como quem não quer nada.
Vida vadia.
Páginas viradas, algumas em branco,
Outras bem negras.
Vida passando bem vazia,
Como um vagão vazio,
Sem rumo, sem ritmo, fora do trilho.
Dias passando em vão.
Vão adiante os anos...
Diante dos meus olhos hipnotizados,
Do coração vazio, vago, dormente.
E os dias, já não passam somente,
Carregam semanas, meses, anos...
E voam, diminuindo o meu tempo.
Como uma contagem regressiva,
Como quem não quer nada,
Como quem quer tudo...
Vida vazia, que passa vadia.
Dia que adia a morte.
Dia após dia, vida pós vida.
Como uma locomotiva, emotiva,
Numa contagem agressiva,
Que apela, atropela, machuca e mata.
Ontem eu era uma criança,
Cheia de esperança.
Hoje acordei velho,
De um pesadelo,
Vazio da tal esperança
Com o tempo contado.
E pequeno como uma criança.

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